Durante a COP30, em Belém (PA), a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresentará o avanço de uma iniciativa em cooperação técnica voltada à estruturação da Arquitetura Nacional para o Mercado Voluntário de Carbono.
O esforço reúne instituições brasileiras comprometidas com o fortalecimento da infraestrutura necessária à validação, verificação, registro, custódia e interoperabilidade internacional de créditos de carbono.
A iniciativa reflete o espírito de convergência da COP30 e busca alinhar competências técnicas, tecnológicas e de mercado em torno de um objetivo comum: garantir credibilidade, rastreabilidade e transparência ao mercado voluntário de carbono no Brasil.
A proposta prevê o desenvolvimento de um ambiente digital integrado, capaz de registrar e acompanhar metodologias brasileiras para projetos de carbono com base em padrões reconhecidos internacionalmente, permitindo que o país opere com maior autonomia e reconhecimento global.
A ABNT integra a iniciativa responsável por esse processo de convergência técnica e institucional, que também conta com a participação de NEXT ESG, ACX, ECCON/Reservas Votorantim e B3 — instituições que unem competências complementares nas áreas de normalização, tecnologia, originação de projetos ambientais e infraestrutura financeira.
Para o presidente da ABNT, Mário William Esper, o avanço representa um passo decisivo para consolidar o protagonismo técnico do Brasil na transição verde global.
“Estamos consolidando um modelo colaborativo que une ciência, tecnologia e governança em torno de um propósito comum: validar e verificar metodologias genuinamente brasileiras, com credibilidade técnica e reconhecimento internacional. É um passo importante na direção de um mercado de carbono robusto e de classe mundial”, destaca o presidente.